MÁGOA Medito nos anseios da noite Olho a paisagem enfeitada de estrelas E como lágrimas o orvalho escorregando. O silêncio abraça-me. Sinto-te nos dedos do vento Que me desnuda verdades? mas na minha mágoa nada me atinge. Teu corpo era um porto de alvissaras Cravado na pupila dos meus olhos cegos ! Amei-te mas não soube amar, mesmo quando do teu corpo me vestia e construiste ninhos de interrogações e dúvidas, neblinas no teu pensamento ? agora uivo os meus erros E adormeço tardia no esquecimento.