Dia e noite
Desdobrei-me de Janeiro a Janeiro Gastei-me a sola do sapato Engoli choro remendando os caminhos E joguei sementes de sonhos Dentro do meu quarto
Rabisquei nuvens de algodão E o sorriso alcançou meu coração Abracei as asas do passarinho E acreditei que também poderia voar do meu ninho
A vida nunca foi um mar de rosas Mas o mar sempre há Por vezes parece que vaza Derruba meu riso Lava minha casa E noutro dia se recolhe Como se me mandasse recomeçar
É só Mais um ano que se vai Mais um luar se escondendo no oculto E em meio todas essas incertezas O tic-tac do relógio virá mostrar-me o novo Poema de autoria #Andrea_Domingues ©
Manter créditos da autoria original #Andrea_Domingues