com o infinito ao redor
sem saber da chuva que chovia nem ligar para a moral dos grandes homens dormia na rede. e o dia passava lá fora sem lembrança porque o sono não era vida nem formava história. sonhava barulho dos sapos passarinhos e água que caía. sonhava com uma baía e uma ilha com grama do continente e uma chaminé que soluçava fumaça azul. e no sonho ouvia um galo chorando o latido longe de um cachorro velho e os primeiros grilos do mundo. sonhava com brisa fresca com sol que não existia e risadas de meninas. sonhava os prazeres carne e espírito cama e mesa fluidos, toques e versos. sonhava beijo e anoitecer gafieira, pastel, cuba-libre. dormia.
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