Um grito de Elis
De repente a explosão do pranto Um alívio, um acalanto E o silêncio acordou os monstros Adormecidos na contida revolta
Nem o ar quer suas palavras que nada dizem, sufocam o nada Redemoinho de letras alfabeto torto, o vento devolve as letras paradas
A mistura de tudo cabeça atrapalhada Pessoa oculta e me revela ainda mais Vinícius faz do riso o pranto Neruda implora o mesmo riso Quintana avisa sobre os monstros
No meio da poesia torta entrelaçada nos caminhos sem fim Um novo dia, a utopia O amor que eu quis As pedras, o fim do caminho Um grito de Elis