Bem na minha insônia
Debruço sobre meus livros e a sala continua vazia, sem abajur uma menina no ponto do ônibus às onze e meia da noite resolve ir embora a pé colhendo flores no cemitério.
Eu continuo na sala, agora há vento, muito vento, é a chuva. O telefone toca e eu atendo, nenhuma palavra. Não me levanto da poltrona, ali mesmo continuo. O céu brilha flashes formam sombras na janela aberta.
A menina passou pela porta senti o cheiro das flores vagamente umedeceram meus poros
A cidade dorme, o ônibus passou no ponto a sós ela não entrou, já havia ido. O ônibus continua, é meia-noite.
Um passarinho morreu de choque elétrico. Houve o velório com os outros passarinhos, no mesmo cemitério onde a moça colheu flores. No terreno que sepultaram o passarinho nasceu novas flores, foi na parte que a moça havia tirado as outras flores para poder agora nascer novas vidas junto com o passarinho.
Tudo isso aconteceu em uma noite chuvosa.
Adicionar pensamento