Alexandre Scaldaferri: A arte de disistir A estória da vida…

A arte de disistir

A estória da vida envolve Abraça e embala enredos Tudo espera e supera Insiste, persiste e prende Fantasia, romantiza e motiva Cria perspectiva Engana, maqueia e espera No ilusório se realiza e si alimenta Na dor gera esperança No ciclo auto flagela Na fuga engana sentimentos No fim do dia sofrimento Na madrugada lágrimas Na ilusão dorme, sonha e reforça Envolve, abraça e embala enredos O tempo anda, corre No fim do dia, na madruga a história Na manhã acorda a história No banheiro o espelho, a história De safanão da lugar para a estória O relógio anda, o ciclo gira, o tempo passa Na história feridas, dores Desamores, desencontros Tristezas, abandonos A vida crua, fria, arrastada Migalhas e nadas Desprazeres, rudezas Limitações nas visões e vislumbres No fim do dia sofrimento Na madrugada lágrimas A estória vem e acalma Envolve, abraça e embala enredos… Na manhã acorda a história A estória de safanão na história assume para maquiar as feridas Neste dia um ato reflexo coloca a história de pé De safanão uma revira volta Uma luz conduz a mão e esfola a estória que estrebucha A estória colopsa, morre A história vive, triunfa Rasga o peito numa dor lascinante Dor viva, tamanha dor, olhar Olhar para si mesmo Reconhecer, aceitar Perceber, entender Chorar, chorar, chorar Aprender, reconhecer As últimas lágrimas já não são só dor O tempo anda, corre As feridas começam a fechar Ardem e doem menos A história mostra seu novo momento Descobre outro insistir e persistir Insistir e persistir em não desistir Desistir Desistir do que toda a força não foi capaz de transformar Disistir de toda a dor maquiada Acorda, levanta, olha no espelho d’água do lago Lá esta! É hora de insistir e persistir Insistir e persistir em não desistir Insistir e persistir em não desistir de si mesmo E já desistir do que não mais faz parte da sua história Desistir do passado que já é Insistir e persistir em não desistir de si mesmo Uma trilha à direita se ilumina e seu nome esta nela, a lua Desistir do despenhadeiro Insistir no nascer do sol Nas emoções da lua Cresceu, amadureceu, aprendeu Desistir não é fracassar Desistir depois de tentar É não desistir de si mesmo É não desistir de ser feliz A história agora sorrisos História de novas felicidades De inteireza de si mesmo Daquela estória também desistiu Mas algumas estórias seguem Seguem por que não desistiu dos sonhos Sonhos bons Mas agora a história comanda a trilha O lobo segue firme, feridas curadas, lambidas, tratadas Mais forte abraçado com a história De olho nas estórias no fim do caminho que a história leva.

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