MORTE? LUTO!!! Entendo que a morte, por mais incrível que pareça, é uma questão de opção. Claro que aqui não se está a reportar aquela que nos ceifa os sentidos físicos do tato, da audição, da visão, do paladar e do olfato. Contraditoriamente, dar verdadeiro ?sentido? à vida, reside na busca da sublimação do espírito sobre a matéria, tocando mais os outros pelos bons exemplos, ouvindo mais e falando menos, observando as lições que são belas e nos permitem enxergar um mundo em cores, experimentando o gosto do amor que exala uma fragrância especial: que enche os alvéolos da alma. A morte, realmente, nos transforma! Normalmente, a morte nos oferece uma sensação de perda, de uma saudade doída, de um ?vazio de plenitude?, que se elastece na imensidão cósmica. Como entender a morte, então, como uma questão de opção? A cada dia que despertamos, devemos morrer para o que fomos ontem e acreditar – dar crédito – para que nossas atitudes façam renascer um novo sujeito, com a vigilância da consciência, preferencialmente, melhor no futuro e pior no passado! Aprendi – e não esqueci – que a consciência é a personalidade da alma, razão pela qual somos aquilo que pensamos e fazemos, tornando sábio apenas aquele que não só fala, mas pratica o bem. De retórica vazia o mundo está repleto! É hora de dar mais vida aos discursos e para isso precisamos, de certa forma, morrer. Precisa-se bem pensar, bem dizer e, acima de tudo, bem fazer! Que nossas ações sejam leais, honestas, sinceras e úteis à evolução, aquela que nos mata e se transforma em vida a cada renascer. Não se pode acertar sempre, mas refletir sobre o ?sentido? da vida, nesse contexto, pode nos levar a uma morte salutar. Assim, aos que fisicamente nos deixaram, cabe referir que as lembranças de carinho e amor, gravam o espaço que jamais ficará vazio, transcendendo e sobejando vida nos mais diversos planos, certamente, colocando o ser mais próximo da Divindade. Por tudo isso: LUTO!!!
Alfredo Bochi Brum