Ana Luísa Amaral: Dona de quê Se na paisagem onde se…

Dona de quê Se na paisagem onde se projectam Pequenas asas deslumbrantes folhas Nem eu me projectei

Se os versos apressados Me nascem sempre urgentes: Trabalhos de permeio refeições Doendo a consciência inusitada

Dona de mim nem sou Se sintaxes trocadas O mais das vezes nem minha intenção Se sentidos diversos ocultados Nem do oculto nascem (poética do Hades quem me dera!)

Dona de nada senhora nem De mim: imitações de medo Os meus infernos

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