Devorador de sonhos
Meu tempo era medido em anos Agora é em segundos Hoje uso teclas Ao invés de tinta
Perdido nos labirintos do sentir As palavras me repetem Refletem-me Devorando meus sonhos
Sangro em verbos Transpiro dor Como as lágrimas da poesia Que transitam ao meu redor
Nestes versos Não estou rindo Não estou chorando Estou apenas sendo O que resta de mim
Às vezes digo mais Sem as palavras Do que com elas