Ventos da vida
Dias de sol, dias de chuva, dias de uma vida Que passa tão rápido sem nem percebermos Hoje já não existe mais, já foi e nem se despediu O amanhã se mostra sempre tão incerto quanto o sol Às vezes parece forte como um vendaval Logo se mostra apenas uma leve brisa Que acaricia minha pele num dia de verão O tempo nos é dado como um presente Mas nós em nosso egoísmo esquecemos disso Tudo fica para depois, sem lembrar que nem sempre existe depois Se o vento é forte ou fraco não importa A chama da vida é a mais frágil de todas Nada pode se comparar a ela Assim como a luz pode clarear a escuridão Com o mais leve dos ventos ela pode apagar Nos jogando no abismo da escuridão sem fim Se vai ou fica, não importa, só o que vale foi a caminhada Fazer ela valer é o que resta, dias vão e vem Mas nem sempre estaremos com eles A vela que apagou não acende mais A certeza do amanhã é a maior incerteza de todas Viver é o que resta, que venham os ventos, as brisas Casa dia mais é um dia menos Assim é a passagem que chamamos de vida.