A ESPERA
Estou inquieta Minha alma cinzenta redemoinha dentro de mim… Sinto frio Sinto tristezas Sinto vazios Sinto ” Solidões” sem fim…
Por onde andará a minha paz? Aquela quietude que invocava risos? Em que parte de mim perdi meus sonhos? Hoje tudo é tão sem cor Saudades não sei de quê Um cair imenso Um sofrer intenso Um vagar impreciso…
Um abismo negro me traga Dentro desse abismo, outro abismo! Em minhas costas, garras afiadas Arrancam pele Sangra A dor é inerte Não a sinto mais Não sinto nada.
Não. Sinto sim… Apenas um toque profundo e macio Uma promessa, talvez, de libertação Aquela que um dia virá Na vida, minha única sorte Gélida Bálsamo de esquecimento Alívio Mão doce Piedosa Minha querida Esperada amiga morte De tudo que nunca foi, o fim Leveza do ser Alheamento total de mim.