ESPERA ANNA, ESPERA…
Sente ânsias de desistir. Bem poderia… Há muito a tal ave lhe furou a visão Escureceu-se o sol. Mas não a poesia! Continua, louca, trôpega… Mas não em vão.
A brisa de seus sonhos nunca será quimera Por tal o sangue ainda lambe suas veias… Ainda que a dor a carne flama e lacera O diabo pelas suas portas urge e vagueia;
Não abandone, por nada o comboio da vida O corvo branco a levará ao lar supremo…Certo! …Um dia. Sim!_ Haverá, Anna, para ti guarida!
Suas mãos nunca lhe tragam a esperada paz Ainda que que a anseie com ardor intenso… Que lhe necrose a matéria. Sua alma jamais.!