HOUVE DIAS…
Houve um dia em que ela cedera ao amor No rosto um olhar brilhante e riso de sol… Mares azuis de calmaria, poentes de louvor Mãos dadas, beijos doces sob o arrebol.
Mas para ela não houve sequer um ensejo Mirrou-se a rosa no jardim de primavera Aquele para quem era o riso, foi-se dela Na alma o pesar. O gosto apenas do beijo.
Hoje as ondas já não marulham lá no cais Apagaram deles as pegadas na areia branca Carícias e ternuras são “ontens”. Não há mais…
Agora tudo é marasmo. Nem lágrima. Nem dor Apenas um cansaço que tecem seus dias.. Mas houve sim. Tempos em que Ana foi amor.