TANTOS AIS…
Correntes se arrastam, Madrugada à fora Seria uma aparição?Tremor de medo… O bater das asas do corvo? Lenora…? Não. Este lamuriar possui outro enredo…
É uma angústia que aperta o peito.Dorida! Seca a garganta na solidão que ensandece Treme a carne. Titubeia, vã, a alma sofrida Na ausência do amor, tudo que é flor, perece.
É a saudades que grita memórias mortas… Dos tempos que o beijo acariciava o rosto A caos na cerne adentra. Fechem as portas!
E de que há de servir o trancar dos umbrais? Se aquilo que destroça já alojou-se na alma? Ajam, Deus, auroras para tanta dor. Tantos ais.