Eu posso escrever livremente
nas augustas linhas deste verso:
– a divinal proposta
Para a gente se percorrer…,
É desta forma que nós vamos
daqui para frente nos entender.
A poesia e a sua magnitude
estão começando a se fundir,
E ganhando corpo e nome:
uma promessa de voltar a sorrir.
Eu posso declinar universalmente
nas noites estreladas à espera
– da primavera nossa –
Voltar a florescer…,
É deste jeito que só eu sei fazer;
daqui para frente iremos nos viver.
A poesia em altitude
nas corredeiras da vida
– concede –
O cheque em branco da liberdade,
correndo o risco da perpétua saudade.
Nada há de insensato quando nasce
do teu amoroso coração,
Porque da minha audácia revelada
é mais do que conhecida,
Àquilo que escreves para ti:
na verdade é para mim.
Eu sei e você sabe
da rota de fuga do mundo,
A gente sabe se reconhecer em tudo,
E melhor do que qualquer um sabemos:
– Que sempre iremos nos pertencer.
A poesia das nossas linhas,
que foram todas recolhidas,
Hão de voltar novamente;
É hora de seguir em frente…
É impossível viver longe de quem
se ama e mutuamente se aprecia,
Vem, tens o teu paraíso e o aconchego
viverás sob o meu zelo…,
E assim sob nossas regras: viveremos.
De um jeito que só nós entendemos;
longe de quem diz que ama,
E não cultiva o jardim dos afetos.