Nunca abrimos o vinho que está guardado na antiga cristaleira, parei com besteira, e aquele disco repeti a noite inteira.
Não sou mais a mesma ingênua que chegou cheia de sonhos.
O scarpin vermelho está no canto do meu quarto, e tenho apenas que ter bom senso.
A névoa caída na madrugada não atrapalhou os meus olhos.
Nunca precisei ter enfeites nas mãos para a antipatia que a face precisa esconder com quem nada fez.
Na penumbra sem desejar o quê na vida me tornei: a estrela solitária em nostalgia.
Nenhuma cara feia me intimida, alguma dúvida ou pouco caso com a minha poesia.