Anna Flávia Schmitt Wyse Baranski: Nunca abrimos o vinho que está guardado…

Nunca abrimos o vinho que está guardado na antiga cristaleira, parei com besteira, e aquele disco repeti a noite inteira.

Não sou mais a mesma ingênua que chegou cheia de sonhos.

O scarpin vermelho está no canto do meu quarto, e tenho apenas que ter bom senso.

A névoa caída na madrugada não atrapalhou os meus olhos.

Nunca precisei ter enfeites nas mãos para a antipatia que a face precisa esconder com quem nada fez.

Na penumbra sem desejar o quê na vida me tornei: a estrela solitária em nostalgia.

Nenhuma cara feia me intimida, alguma dúvida ou pouco caso com a minha poesia.

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