LOROTA
Voote menino, o que, que é isso, p’ra onde tu vai assim abestado! Com esse aperriamento todo… Oxente destraido, não me escutou! … Cabra da peste, venha cá?!
_ Não posso, não senhô… To agoniado, indo pra roça arrancar um pé de macaxeira para fazer, tapioca e pé de moleque e outras resenhas.
_ Deixe de lorota, indiota Infeliz da costela oca… E para de zunir pedra na água deixe de aperreio e me traga A cuia cheia de fava.
Vá num pé, e volte n’outro você é um abiúdo novo deixe de abusar, vá as carreira passe acolá, n’aquele pé de bananeira e traga também, minha algibeira.
_ Ôxe painho, assim… alvoroçado mais que o vento Nem com São Bento, não agüento hoje, eu não estou arretado não posso voar nesse estado.
_ Eu já estou com a molesta deixe d’essa fuleragem toda calce as alpercata e arroche logo… Seu bregueço, cheio de miguê avia! Abusado presepeiro.
Antonio Montes