MAÇÃ E GRUTA
Meus pés molhados, em águas rasas, findo… De oceanos esquecido e fundos perdidos… Sob beira de praia, vago assim, como Adão se perdeu em seu paraíso.
Adão, perdeu o juízo comeu a fruta do EDEM escapou do cadeado… Afundou-se na gruta cometeu o teu… Primeiro pecado.
Hoje, com tantos filhos seus, povoando esse imenso jardim… Se não fosse a ganância da serpente se não fosse a teima pela fruta… A terra não estaria assim, tão cheia de frutas, e de gente e repleta, com tanta gruta.
Adão, Adão… Obrigado pela fruta! Se voltar lá… Morda, coma e beba para nunca esquecermos de ti e que os olhos do mundo… cheios de malicia, para sempre te veja.
Antonio Montes