NÉGO
Nego, nego… Porque não?! Nego porque sou negro … Assim como tição Chamam-me de preto, como negro… Sou rei da classe pobre, herdei as dividas da cruz e as mazelas da escravidão.
Nego, nego mas não me entrego … Fui chicoteado, acorrentado, esquecido no mourão, por isso nego… Mas, tanto faz… Nunca respeitaram o meu ego.
Por outro lado… Aonde me apego? sou desgraçadamente banalizado, pelo seu ego E o impostamento da minha desgraça serve para a sua distração!
O que sobra para mim, são dores e lagrimas subjugadas ao nó is da sua imposição… Por isso, eu nego… Nego as facetas do cão.
Antonio Montes