QUADRA DA VIDA
Para aquele rosto pintado de nariz grená… Toda tarde era triste, toda noite era tempo… A onde as lagrimas, sem descanso sob as horas do manso silêncio…. Enaltecia o chorar. Pelo dia… A sua face se escondia da alegria, e o seu semblante no espelho não era imagem nascida para olhar! Pois quando no espelho olhava, o que via… Era marcas, marcadas… Que o apagador, do passado, não podia apagar. Vivia um sonho, tinha planos de felicidades, mas os anos todavia, demonstravam o outro lado da verdade. Escondia um segredo, onde o qual teimava em acreditar… Em sua mímica de vida, construía os seus contos e fingia, manquitolar pelos trilhos do seu andar, mas não sabia… Não sabia, que a vida era manca, e carregava uma bengala, para os sonhos se segurar. Quantos versos em seus dias! Quantas prosas… E só na rima que fazia, mostrava-lhes as cores, verdes e rosas que se encontravam, com a quadra… onde a poesia da sua vida enquadrava o seu amar. Antonio Montes