SE PERDE
Se perde logo ao nascer na vida que se dissipar na criança de você em palmadas que ínsita.
Se perdeu quando andou com seus passos e passadas pisou falso e escorregou perdeu-se na encruzilhada.
Na vida jovem, nas jardas perdeu-se para não morrer e p’ra sanar a fome da casa esqueceu-se de se perder.
Perdeu-se nas águas do norte carregada da cacimba caneca no fundo do pote mata sede com a moringa.
Se perdeu querendo achar o rumo leve da vida na tarde que levou chorar com a partida perdida.
Perdeu-se por um acaso no causo alto dos planos o mundo ficou em arraso no juntamente dos anos.
Perdeu-se em sua subida para o alto pico do estima depois perdeu na descida sem se encontrar com a rima.
E quando tentou voar se perdeu em meio aos ventos e embrenhou-se nas feridas feitas pelos sentimentos.
Perdeu-se na serenata com olhar pela janela nem de perto não pensava que seu reinado era d’ela.
No caminho para o trabalho se perdeu na profissão depois, disputou a fila com toda fé dos cristãos.
Perdeu-se em sua junção de amor pela promessa e enterrou-se na solidão distanciou-se da quermessa.
Um dia perdeu o voou antes mesmo de voar chorou pelo seu amor sem ter tempo de amar.
E na estrada da vida perdeu o jeito de viver estava ela, tão colorida! Quando perdeu p’ra morrer.
Saiu perdendo em tudo até mesmo p’ra ganhar nunca cismou que o mundo se perdeu para chorar.
Antonio Montes