Antonio Montes: SOU POEMA Sou poema, sou amor… Sou…

SOU POEMA

Sou poema, sou amor… Sou rascunho interno da alma Expressão integra do sentimental Lagrimas de puro fervor Sou deserto comunidade, capital.

Sou poema, sou amor… Sou a lagrimar no rosto inocente O pólen da flor o pulsar do coração O gesto do lábio o tic, tác do momento O chilrear do vento sobre o tempo O chorar da solidão… A paixão.

Sou poema, sou amor… Sou o semear da harmonia O romper e o entardecer do dia As ondas ao morrer na praia O peixe a rabanar no ar Sou o falar a expressão o gargalhar.

Sou poema, sou amor… Sou partículas da natureza Expressão real do momento Um grito que sai do intimo Notas brotadas sobre um tempo Sorriso a plainar sobre o vento Cifras do som do arpoador.

Sou poema, sou amor… Eu sou o carreiro com a poeira O berrante do boiadeiro O menino, moeda, chuva a lama O grito a porteira, moça a janela A tranquilidade um repousar na cama O segredo guardado na algibeira.

Sou poema, sou amor… Sou musica que acalenta os anjos As rugas que demarcam o rosto Timbre da paz sobre o mundo Os sentidos de todos os gostos Eco da expansão da alegria Esperança de um vagabundo Sou astral que eleva os dias.

Sou poema, sou amor… Sou a beleza da natureza A serenidade de um olhar A discrição esbouçada da pétala O farfalhar de um sonho na noite O açoite da mimica no jardim A algazarra alada dos pássaros As dores do principio ao fim.

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