Nesta quarta estação que tem o ano, aprecio este mundo ultramoderno, e nas chuvas que me sobram do inverno faço um esboço de um poema puritano…
No inverno tudo soa a transparência, desde os dias que antecedem o Natal, porque um homem exercita a paciência e até o frio nos parece mais natural?
Sacudo os altos ventos que me restam para cima desse frio que me regela, tentando dar à luz uma só estrela enquanto os vendavais se manifestam?
Farei uma caraça de improviso, com a lama que abunda no meu rosto, e prometo modelar um bom sorriso no Entrudo que aí vem com todo o gosto?
Será honesta a grande quadra de folia, os borguistas nunca foram tão sinceros, pois deixamos de adorar pantomineiros, adorando um vasto mundo de alegria?
E hoje, com tais nuvens tão cinzentas, neste dia tão cinéreo quanto breve, vou sair e reforçar a vestimenta, porque a chuva pode vir em tons de neve.
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