És bela, eu velho; Tens amor, eu tédio. Que adianta seres Bela, se a beleza É coisa externa que Não está no coração? E minha velhice Não te interessa Já que, na vida, Seguimos destinos Opostos.
Tens amor, bem sei É próprio da idade, Que amor é Tão somente impulso Da natureza cega, Para perpetuar A miséria amarga De nosso próprio Infortúnio. És bela, fui moço, Tens amor, eu… medo.