A Guerra da Balaiada sob o olhar do oprimido
Quem quer ouvir, ouça agora A história que vou contar Ouvi tudo dos mais velhos Moradores deste lugar.
Hoje terra bela e abençoada De belezas sem igual Mas aqui já foi cenário De uma cena triste e brutal.
Foi a Guerra da Balaiada Um conflito esmagador Derramando sangue de muitos Um cenário de terror.
Aqui era Vila da Manga Quando o caso sucedeu Maranhão em meio à crise E uma prisão que aconteceu.
Irmão do Raimundo Gomes Vaqueiro distinto e afamado Foi preso à mando do prefeito Mas foi logo libertado.
Vaqueiro Raimundo Gomes A cadeia logo invadiu Libertando seu irmão E todos, que ali ele viu.
Aproveitando o momento De revolta e desconsolo Juntou-se à Negro Cosme Bravo líder quilombola.
Conquistando mais apoio Juntou-se à Manoel dos Anjos Um fabricante de balaios Artesão que honrava o nome.
Mestiços e pobres brancos Vaqueiros e escravos evadidos Sertanejos e vaqueiros Representando o povo oprimido.
Uma grande massa popular Que logo se propagou A Guerra da Balaiada Que Raimundo Gomes iniciou.
Na luta continuaram Contra pobreza e opressão Conquistando Vila da Manga E Caxias do Maranhão.
Sob o olhar do oprimido Aquela luta era justa Onde o povo tinha vez Contra a miséria absoluta.
O saldo triste era grande Suor e sangue derramavam Pois os balaios guerreiros Há muito tempo já lutavam.
Seguiam firmes nesta luta Dominando terras estavam Chamados por muitos de rebeldes A elite já incomodavam.
Mas agora entrava em cena Um homem também destemido Enviado para tentar dominar A rebeldia do oprimido.
Era o Duque de Caxias Militar de vitórias afamadas Para pacificar a província Para a região foi enviado.
A luta cada vez mais sangrenta Enquanto sua tropa avançava Os balaios já bem cansados Sem demora seriam dominados.
Caçando duramente os balaios Conseguindo os dominar Matando muitos rebeldes A vitória veio a conquistar.
Assim viu-se o fim da saga Daqueles homens guerreiros Que sendo heróis ou rebeldes Bravamente lutaram por seus diireitos.