Benjamin Sanches: IRA Surgiu do leito do rio sem margens…

IRA

Surgiu do leito do rio sem margens Cantando a serenata do silêncio, Do mar de desejos que a pele esconde, Trazia sal no corpo inviolável.

Banhando-se no sol da estranha tarde Cabelo aos pés mulher completamente, Tatuou nas retinas dos meus olhos, A forma perfeita da tez morena.

Com a lâmina dos raios penetrantes, Arando fortemente as minhas carnes, Espalhou sementes de dor e espanto.

Deixando-me abraçado à sua sombra, Desceu no hálito da boca da argila E, ali, adormeceu profundamente.

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