Neste dia de outono Ainda com olhos de sono Bem no centro de Lisboa Visando aquela canoa Sentado numa esplanada Numa cadeira cansada Por aves acompanhado Fica o poeta inspirado Nutrindo felicidade Nos ares desta cidade A brisa fresca da tarde Suflada na sua face Se um café não tomasse Perante tanta beleza Dormindo talvez ficasse Se o dia não acabasse E o anoitecer não chegasse Um pensamento somente Fico aqui, eternamente.