Estou caminhando para meu destino. Porém, no momento não sei qual é. E talvez, ninguém saiba. Como desvendar as armadilhas do destino? Sobreviver, e ser mais forte a cada dia. Caminhos, contornados por pressões e expectativas. Problemas, que tomam proporções absurdas quando se convive com ele. Fel, o amargo sabor de quem lida com as consequências de suas escolhas. Dúvidas, interrogações respondidas a medida que milhares surgem na mente. Paz, onde ela está? E o caminho continua, sendo seguido por muitos. Muitos, os mesmos que seguiam lado a lado e que agora se distanciam, porque não possuem tantas dúvidas, porque fizeram boas escolhas, porque não sofrem com as consequências, porque não sentem o amargo fel impregnado na mucosa oral. Caminham, sobrevivem, e os problemas? Não são os mesmos. Não sentem a dor. A dor do outro é maior. Aceno, o mesmo aceno dos corredores agora soam como uma despedida. Logo, apenas mais um rosto. Uma lembrança que jaz no esquecimento. Acabou, acabou o sonho de possuir algo por mérito próprio, porque a primeira vez não foi brilhante. Medo, a tensão que tira a vontade de experimentar, e perder de novo, e sentir a mesma dor, a mesma solidão. Amor, sinônimo de decepção, de cegueira. Frieza e força, uma combinação amargurada, o fruto do trauma. Fé, acreditar naquilo que não se vê, acreditar que porventura o melhor está por vir. Utopia. Realidade? Martírio, súplica, chagas que foram abertas não na pele, mas na alma. Ego, o eu que procura por uma estima. Sonho, de abrir os olhos e acordar do pesadelo. Desafio, de seguir em frente e aceitar o que é real. Estou caminhando para meu destino. Para onde o vento me levar. Para onde o sorriso simpático esconde o entristecido na face. Para novas cobranças. Para velhos fantasmas. Para aquilo que é imutável. Aquilo. Segredos que já não são mais segredos. Desculpas que não serão aceitas. Lágrimas. Fuga. Tempo. Tempo que passou, que passará, mas que parece estar estagnado. E no final do caminho, luz ou trevas. Morte.