Camylla Gonçalves Cantanheide: Há mar. Há mar cuja beleza é…

Há mar. Há mar cuja beleza é iridescente Quente ou fria Não consegui ficar na areia, A chuva cai como um pranteador enchendo meus sapatos Nada podia fazer para impedir Da tragédia entre o temer e o destemer Só restou-me um funeral De quem não quer deixar-te partir E em ondas jamais sentidas antes, Afoguei-me, perdi-me No mar da tua totalidade Na imensidão dos teus olhos castanhos Na selvagem maré do des-conhecido Na nudez da tua alma Na doçura da tua despedida Que de repentino ou de tão perdido Encontrei-me.

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