Logo pela manhã passei a analisar as pessoas… E ainda quero chegar em seus rostos. Passos vagarosos em uma subida. Quem são? Vejo apenas as passadas ficando cada vez mais diferenciadas Passadas com pressa, jogo de corpo, passadas e mais passadas. Passos, pessoas que ao meu ver estavam desorientadas, apenas por seus passos descompassados e atropelados . Sabe, fechei os olhos e imaginei por alguns instantes o comprimento das formigas. Pensei… As pessoas em suas passadas desorientadas, são iguais as formigas. Sim! Elas, as passadas, são de alguma forma um estado de comunicação. Deve ocorrer a troca de químicas, igual as das formigas. De repente um esbarrão, e pronto. Desencadeamos uma guerra intima ou face a face, resmungando, falando palavrões e doutrinado a outra passada. O vagão lotado, a mulher com o fone, a freira e seu caderno, o pai e a filha, quantas passadas. A mulher do fone estava olhando sua imagem na porta de vidro do trem e proferindo estas: – Experiência de existência… Ninguém me ensinou, nem minha mãe me ensinou; eu aprendi sozinha. A freira e seu caderno: Ela estava praticamente a bailar com o seu caderno em mãos. O pai e a filha: O pai segurando a mão de sua filha e ela totalmente alheia as palavras proferidas pelo pai, que insistia a resmungar.
Eu!? Eu estava apenas a observar.