Carlo Lagos: te olho por de trás da janela de frente…
te olho por de trás da janela de frente para você não me vê; tem medo? minha mente ainda é muito perigosa tem sido impossível não pensar em tua voz, venenosa como chuva no fim da tarde se eu seguisse teus passos, você ficaria? me perdi tanto em teus sentidos incertos que hoje abrigo meu pior deserto com quem você tem se deitado, menina? quero você mais perto. você é minha memória intocável tenho treinado um discurso para os aviões sobre a minha cabeça inconsolável como pedra sem sombra mergulho em teu mar, sem onda sentindo tua casa sem porta, com sala estreita tua vida é fétida e morta habitando um corpo doente vivo figurando em teu passado indecente!
Carlo Lagos
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