há um tempo provo da vulnerabilidade, carne crua, contato real. despercebo. não tenho lidado muito bem. humano látex, vulgar em demasia. de mim, carrego um vendaval que um dia suscitei. ainda que inconcebível, sem muito redemoinho. digo, do interno há que se provar desse sabor de ventos. de ventos… não menos poeira em vendaval. digo, em movimento. do mundo, o mito do mundo. das barreiras ilimitadas. das fronteiras em primazia. do amor primário, do bom dia interrompido. do abraço não incorporado. da frieza e quentura. da pele, a secura do que se é. do que se tem sem escolher, ou, de que se tem, mas tem escolha? do olhar, a perdura. o movimento em descompasso, da pupila dilatada corroendo a lágrima do choro manso, que deveria transbordar. há muito, tenho provado o quão não se deve provar. de ciranda, das quais um dia dancei aprendi que em círculos não se ultrapassa o que vem à frente. mas o que vem à frente? da incógnita, a dúvida. se não sinônimos, antônimos. teses ou antíteses. sínteses. da incógnita a incógnita. a incongruência da matéria. desmaterializada.
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