Baltar:

Joni Baltar: A Boca Da boca saem múltiplas palavras…

A Boca Da boca saem múltiplas palavras discursos vãos: vão-se e já não voltam. Na boca refreiam-se palavrões contidos no palato e livres, aos pulos, no pensamento. De boca em boca tentam os beijos empoleirarem-se, apertados ou indecisos, a querer nidificar o silêncio ou o gemido que desfolha a pele. Antes que a noite comece […]

Joni Baltar: A Boca Da boca saem múltiplas palavras… Read More »

Joni Baltar: Na Têmpora do Fado Dentro da voz…

Na Têmpora do Fado Dentro da voz desata-se o fado desamparado, distópico, tão-só: enxuga as feridas abertas dos versos. Ao colo da guitarra rasteja a parafina madrugada. Nos dolentes candelabros escorre o atávico poema na têmpora do fado dos facultativos paradoxos. O inábil silêncio ocultou-se atrás dos poros do fado, ouve-se a cor da noite

Joni Baltar: Na Têmpora do Fado Dentro da voz… Read More »

Joni Baltar: Motim Plumitivo A imortalidade é uma…

Motim Plumitivo A imortalidade é uma infinita solidão. É necessário morrermos muitas vezes para inferirmos que o íntimo da Vida é um ápice cintilante, e renasce a cada instante. As quatro subdivisões do ano morrem profundamente no colo do mundo. Ressuscitam os seus padrões climáticos pelas formas do sentimento: perfumes melódicos que revelam o mundo

Joni Baltar: Motim Plumitivo A imortalidade é uma… Read More »

Joni Baltar: Calafetado Poema Os cílios cerrados do…

Calafetado Poema Os cílios cerrados do agudo penhasco derramam lágrimas de vento e granizo no terreno arborizado dos cinco sentidos antes do combate entre a fecunda existência e a íntima e persistente irrealidade. O declive inalterável das horas abana os dias onde os vagos versos caídos no calafetado poema não dizem uma sílaba: escorrem as

Joni Baltar: Calafetado Poema Os cílios cerrados do… Read More »

Joni Baltar: Comportamento Disruptivo Pássaros…

Comportamento Disruptivo Pássaros descalços deslizam na parede de papel semi-viva. Réstias e modéstias sobre o excessivo equilíbrio das palavras revelam a indumentária da sustida pontuação. A dissimetria dos meus sentidos a despolarizar o quotidiano neste comportamento disruptivo. Ouço as folhas convolutas dos irredutíveis plátanos e entrego a minha sépia solidão à superfície do Outono.

Joni Baltar: Comportamento Disruptivo Pássaros… Read More »

Joni Baltar: Corroído Sonho As colinas descansam nos…

Corroído Sonho As colinas descansam nos braços estéreis da madrugada. No sono das mágoas perdidas das memórias estranguladas pela escuridão desgastada rompe-se a voz do crepúsculo matinal. Desço os degraus das rememorações defronto-me com a miragem incandescente e gravitada de um sonho inacabado. Agarro-me aos densos fios da alucinação que a demência expulsou na sentença

Joni Baltar: Corroído Sonho As colinas descansam nos… Read More »