Deminco:

Marcus Deminco: ANDARILHO PEREGRINO SOU ANDARILHO…

ANDARILHO PEREGRINO SOU ANDARILHO PEREGRINO Trem sem trilho Gramíneas sem milho Maquinista valdevino SOU ANDARILHO PEREGRINO Peralvilho sem chegada Bicho campesino Correndo pela estrada SOU ANDARILHO PEREGRINO Com alma de aventureiro Espírito forasteiro E sonho de menino SOU ANDARILHO PEREGRINO Remendeiro do passado. Vidente paladino De futuro indecifrado SOU ANDARILHO PEREGRINO Cego romeiro errante Perdido […]

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Marcus Deminco: DAS LIÇÕES QUE A VIDA ENSINA 1. Não…

DAS LIÇÕES QUE A VIDA ENSINA 1. Não cobre afeto. Espalhe ternura. 2. Faça as pazes com o seu passado para prosseguir sem pretéritas amarras. Quem acumula dívidas do passado para pagá-las no futuro vive de esmolas no presente. 3. Não critique o torto. Endireite-o. 4. A casualidade da vida tem sempre algum propósito. Tudo

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Marcus Deminco: INCOMPLETUDE Fica-se sempre um copo pela…

INCOMPLETUDE Fica-se sempre um copo pela metade Uma canção jamais cantada A promessa prometida De uma jura desonrada Fica-se sempre um beijo não beijado Uma palavra por dizer O amor contemplado Meio desejo sem prazer Fica-se sempre um verso não escrito, De uma prosa não rimada. O poema sem espírito. Da poesia desalmada. Fica-se sempre

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Marcus Deminco: QUARTA-FEIRA DE CINZAS Silenciou…

QUARTA-FEIRA DE CINZAS Silenciou batucada, Desnudou fantasia. Comeu toda fanfarra, Bebeu toda folia. Não tem mais festa, Não tem mais devaneios risonhos. Delírios tristonhos, Enfados sem sonhos. Aboliu de vez pandegada, Alvoroço perdeu vividez. Alegria pasmou-se amuada, Estroinice inebriava sensatez. Arlequim não trebelhou multidão, Colombina se descoloriu. Pierrô sucumbiu na solidão; Alegoria desanimada dormiu. Não

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Marcus Deminco: O SEMIÂNIME Frívolo ser. Morto antes…

O SEMIÂNIME Frívolo ser. Morto antes do começo, extenuado no tropeço, que o acaso lhe fez ter. Alma langorosa, vivendo sem vida, sem dor ou ferida, que asquerosa secou. Letárgico descrente Lastimoso inativo De querer impotente Do desejo abolido. Essência descorada Espírito desditoso Imanência despegada Âmago ominoso Reminiscência turvada Pretérito clandestino Rotina ceifada Escopo sem

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Marcus Deminco: A LINGUAGEM DAS LÍNGUAS Língua que…

A LINGUAGEM DAS LÍNGUAS Língua que fere e língua que fala. Língua que morde e que cala. Língua leviana e língua indecente. Língua puritana e maldizente. Língua benigna e língua praguenta. Língua que afaga e que afugenta. Lingua torpe e língua indiscreta. Língua versada e direta. Língua verbosa e língua platônica. Língua imbricada e lacônica.

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Marcus Deminco: COLISEU DE MIM MESMO Eu não sou o…

COLISEU DE MIM MESMO Eu não sou o diminuto que lhe pareço. Tampouco, o excelso que não consegues ver. Sou a imensa vontade que padece. Por tantos muitos querer ser. Digladiação do meu eu. Coliseu entre todo meu ser. Feridas na carne que não se abateu. Cortaduras d’alma se fez transcender. Fragmentos ficaram espalhados, Entranhas

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Marcus Deminco: OS CRIPTÔNIMOS DO SONHO O sonho é…

OS CRIPTÔNIMOS DO SONHO O sonho é indiferente para os conformados; Incerto para os indecisos; Merecido para os determinados; Vagaroso para os passivos; Minguado para os exagerados; Impossível para os pessimistas; Extenso para os apequenados; Provável para os otimistas; Fracionado para os pragmáticos; Oportuno para os audaciosos; Prostrado para os apáticos Justo para os corajosos;

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Marcus Deminco: A CRIAÇÃO ATORMENTADA Por baixo do…

A CRIAÇÃO ATORMENTADA Por baixo do fino tecido que envolve o meu travesseiro, ouço os ensurdecedores brados das letras que me perseguem incessantemente. Fragmentos de vozes fantasiosas, segredos do invisível e confidências do desconhecido, em falas soletradas pelo próprio sussurro do vento, fecundam-se no vago silêncio da madrugada, tornam-se vivas, constrangem os meus quereres, compelem

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