Título: Religião? Melhor não
De tudo que já li, reli e até ouvi Nada que antes me trouxesse Em algum momento, até aqui Fora significante, perante a tudo que vivi
Burgess, Salinger, e nem Bukowski Puderam dar significado, distante do errado, De tudo que aprendi, forçado, até aqui Sem nada questionar, desde quando nasci.
Se Nietzsche afirma, com fervor e paixão Que não devemos acreditar, mas sim reprovar Tudo que provenha da infame religião Devo apenas concordar, e alegar, então
Que Não há nada mais proibitivo, limitado e corrosivo Do que a rede que cerca e degenera o indivíduo Criada para o controle, desleal e invasivo De todo povo pobre, carente e iludido.
Seria então a mais engenhosa criação, De um conto de fadas ilusório, planejado de antemão Para dar fim ao questionamento, de uma inteira nação E jogá-los uns aos outros, chamando-os de irmãos
Diga que pequei, quando então percebi Toda a mentira, que com convicção repeti Compelido por decrépitos, que nem ao menos conheci Entretanto acordei, e disso não me arrependi.
Sem ter medo do pecado, Decidi o que era errado, Penso agora por mim mesmo, Finalmente elucidado.
Vi que existe vida, então Sem privar-se da razão, Basta apenas que ignore Toda, e qualquer, religião.