Eu me pergunto qual é o sentido da vida; Nascer, crescer, desenvolver, morrer; Em meio tempo, sinto-me um nada. A angústia que me toma não é a mesma angústia que o outro sente; O mesmo posso dizer da fome, da sede, da vontade de acabar com toda a tristeza. Nasço todos os dias ao amanhecer, Cresço a cada não recebido, A cada pedra ao chão, A cada tapa na cara, A cada término de relacionamento. Mas o que tenho que fazer? Desenvolver, aprimorar, não deixar parar o sentido da vida. Meu corpo pode morrer, Mas meu eu não morrerá; Sou Mona Lisa eternizada no quadro de Da Vinci. É o sentido da vida caindo na rubra rotina mistificada. A dúvida que não é pretérita, ainda paira no meu pequeno ser; Amar? Entregar-se para depois se ver só, ao léu, jogado ao vento de Bagdá feito escárnio? Amar? Lutar pela sede de justiça; criar seu próprio mundo e nesse mundo individualizar-se? O sentido da vida, questão imensurável, que todos buscam, sangram, amam ou apaixonam-se, enganam-se ou ludibriam, matam em nome do bel prazer que até gozam ou de justiça. Qual é a visão? preciso informar, é particular! Nasci de minha mãe, que redundante! Nasci do Sol, sou filho de zeus, sou um deus. Faço minha vida, meu universo. O sentido da vida nasce dentro de mim: – Assim!!!