Não me omitirei
Serei o martelo que golpeia a tua consciência Te perseguirei pelas ruas e gritarei teu crime, Te incomodarei de mil maneiras, não te darei paz.
Quanto te olhes no espelho, serei o teu reflexo, te apontarei o dedo e te chamarei covarde, covarde por viver só para ti, covarde por não agir, por pensar que o pouco que faria não seria nada; quando o teu ?nada? poderia ser o tudo para alguém.
Publicarei nos jornais tua cruel omissão, porque tuas palavras vazias e teu olhar de pena, não alimentam a fome dos flagelados do mundo.
Te caçarei no cinema, nas lojas, na academia, em todos os lugares onde alimentas a tua futilidade. Te farei lembrar da mão estendida, do prato vazio, das noites escuras de outros, que dormem sem teto, que já não têm mais lágrimas para derramar.