Dia de Sol raiante, lampejos de outra época, Voa sob os raios, a Pomba da Paz, branca… Derrama do vaso de barro luzes transparentes nas mãos claras, sem máculas…
É quando sensitivos pastores despertam do seu repouso Cantam, dançam, nos abraços fraternos acolhem A Esperança! Os tons do violão tocam os seres sensíveis
Amolecem os pétreos corações! Os soldados do Bem erguem suas palavras mágicas Que pelos ares qual as nuvens de águas errantes voam…
O círculo do arco-íris em trezentos e sessenta graus Circunda os olhos das neófitas, A prova de fogo, as emanações da fonte viva
Nas devoções! O divino se manifesta aos dobrados joelhos Em oração! O maior em graça abrange os quatro cantos Na feliz idade da Humanidade, a cada um o seu merecimento!
Os sacerdotes e sacerdotisas há muito relegados ao esquecimento Retornam ao níveis naturais, a gratidão jorra dos corações famintos Sedentos da harmonia dos quatro elementos e o universo interior é visto
Com renovados votos [não novos] à elevada fraternidade dos anjos, Etéreas são as asas das idéias desde os sonos primitivos Os sonhos declaram mundos ainda não catalogados, não descobertos
Quem é digno de adentrar as mansões celestes Senão aquele que provou do cálice? Sem mentiras, omissões ou sete-manhas!
É adquirido sem pecúnio, sem barganhas, é conquista pessoal Ou dom hereditário! O bom pastor ergue o cajado, As ovelhas seguem, por ser bom o caminho,
Entretanto, o revezamento de postos coloca louros sobre As cabeças que conquistaram o merecimento! Não há ordens, mandamentos espontâneos de corações
Evoluídos, abertos ao Amor! [ palavra esta que por séculos foi perdendo o significado, porém, o valor essencial mantido nas manjedouras do firmamento!]
Na alvura dos olhos a Pomba da Paz reativa as chamas que, nas adversidades, foram protegidas nos dias de furacões, tsunamis e tempestades humanas!
De pólo a pólo um só princípio presidirá as essências dos corações, consonância de pensamentos construtores, a palavra com um único sentido do Norte ao Sul das Nações irmanadas!