Conheci um homem muito rico Que no dia do seu enterro Vestia um terno fino Seu esquife de madeira trabalhada E de flores pela beirada
Conheci um homem muito pobre Que no dia do seu enterro Uns trapos lhe cobriam Seu caixão estava mais para um caixote E nas beiradas muita gente Chorando sua morte
Depois de alguns dias Não se via diferença Da terra que os cobria Diferença talvez Só além do que meus olhos viam Caixão ou caixote Pro verme não se conta Nem a sorte