Elegia da Margarida
Era uma vez uma margarida, que se alimentava de compaixão, ela não era muito forte, pois vivia com a solidão.
Solidão era sua companheira, elas eram inseparáveis, as duas se isolavam, as outras flores não eram amigáveis.
A Rosa, por exemplo, influenciava-se facilmente, bastava corante em sua água, e sua cor mudava de repente.
O Girassol era um viciado, necessitava de luz solar, não se sentia muito bem, se não visse o sol brilhar.
A Vitória-Régia era ignorante, era muito superficial, só prestava atenção nos pássaros, que pairavam sobre o pantanal.
O Narciso era narcisista, pois tinha um enorme ego, sempre a admirar a si mesmo, e nunca dar atenção a Eco.
A Margarida murchou, devido a escassez de amor, a Solidão não bastava, para sustentar aquela flor.
Solidão se zangou, pela morte da margarida, ” – Ela não merecia isso!!” Gritava ela, enfurecida
A Solidão ficou mais forte, com presas e garras letais, ficou forte o suficiente, para nos assombrar nos dias atuais.