Acudam, acudam, O pobre mendigo, Com fome, sozinho, E ainda perdido.
Acudam, acudam, A pequena criança, Já sofreu tanto, Que lhe falta esperança.
Acudam, acudam, O rebelde ladrão, Rouba para viver, Mas vive na solidão.
Acudam, acudam, O humilde pecador, Quanto mais peca, Mais aumenta a sua dor.
Acudam, acudam, O inocente prisioneiro, Não cometeu crime, Nem sequer por dinheiro.
Acudam, acudam, O velho pescador, Viaja ao sabor do vento, Mas está só e não tem amor.
Acudam, acudam, A mulher traída, Continuando assim, Vai pedir uma nova vida.
Acudam, acudam, O povo português, Se o país continua assim, Emigram todos de uma vez.
Acudam, acudam, O triste poeta, Demonstra felicidade, Quando a tristeza desperta.
Acudam, acudam, Este poema sincero, Pensem nas suas palavras, Isso é só o que eu quero.