POÉTICA
Fechar a tampa do abrigo e respirar com serena convulsão lançando o grande dirigível da escrita
depois retesar o arpão e espremer o choco polvo seus tentáculos tensos na placa marmórea ou na balança
é um negócio violento, a testa escreve-se, um mundo progride, decanta-se a bolha do nível, esgaça-se a gaze
depois da fenomenologia dos petroleiros a refinaria, o guarda-nocturno de olhos na trovoada e solidão no monitor.