Correntes Acorrentado, amordaçado Não há como fugir Acorrentado, amordaçado Ficarei mesmo aqui.
Todos os lados são iguais Já contei várias rachaduras Os toques são frios, Será meu fim nesta cela escura.
Grito…mas só eu me escuto. Os ouvidos foram tampado Não querem se mexer Já velam, estão de luto.
Ficarei presa no meu próprio corpo Sem muito o que fazer Até um ser se compadecer Esperarei com o meu coração envolto.
Minha boca sangra Minhas mãos e pés sangram Ficarei vazio, franzino Ninguém me aclama.
O esquecido,morreu O sozinho, morreu O renegado, morreu O próximo,eu.
Correntes me envolveram Faço delas companhia. Ficarei mais um pouco aqui Nesta cela escura e fria.