Me mataram hoje Eu sorri Perdi o que não tinha Estranhamente o nada faz falta Sorri de novo Parece que eu queria o que não gostava Não gostar diminui a incerteza Define alguma coisa Coisa… Eu consumia paredes para me referenciar Livre, eu não sabia ser Só sabia covardia Tinha medo de morrer Mas morri Essas palavras são póstumas Na morte desanuviamos Nuvens são nadas que parecem alguma coisa Mas esse nada consegue molhar e apagar teu giz legado Na morte teus pecados não contam mais Açoites e culpas são despejados O mandado de desintegração de posse se cumpri A carne se desfaz Eram só átomos invisíveis ligado por ideias Ideias de viver retroalimentadas por Wal Disney e seus amigos multicoloridos Viver é morrer as poucos E de pouco eu já tô vazio Vivendo, você somente consegue estar Morto você é E se é pra ser, que seja Viver é o dogma de quem quer ser alguém Escute um conselho de quem já é ninguém Morra todo dia Palavra de defunto