David Libal: Da luz que atravessa a janela do quarto…

Da luz que atravessa a janela do quarto meio morto meio torto eu era, da lonjura que era minha vida de outras do frio que adormecia meus pés, do medo e do café morno da praticidade de uma pena em mão, um termo em grão do chiar da noite lá fora, meia noite lá fora ela passeava entre os outros que eram meus outros eus da loucura entre estar consciente e estar presente da folha que caia das árvores no parque do cão que respondia aos pedidos de socorro da cidade e o terror do silêncio quando a vontade é gritar com o piscar dos olhos e a vontade ausente agradecer o nascer do sol e ao poente ao vinho barato, pra conter às tristes alegrias o exagero de rimar palavras vazias do ser que ama o mar e prefere só admirar do sorriso da moça, cuja boca já não me sorri mais de alguns anos atrás, que para trás queria andar às vezes do som que vem de fora, vem da forma que o sal escorre da barba feita, e o nojo da roupa bem arrumada o bicho do mato, ô, bicho, eu não mato o brilho da parede verde, e das histórias pra contar de quando tu me falava pr’onde ia viajar essa fumaça na minha cara, era o bom senhor da alma em praça, que acalmava a minha da chuva de setembro e em ser teu acendente da manhã morta em mim, morrendo os domingos um pouco mais disso, daquilo, um quilo de solidão um tanto assim de nós que em nós morava fechava a porta mas não se despedia do chão quadriculado, da grama e da flor o pouco se importar não é normal talvez ninguém seja, ou não quer dos prazeres que parecem pagamentos salda mais uma das minhas parcelas de culpa da vontade de não escrever mais parei

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