AMBIGUIDADE
Exausto de mais nada me faltar, impõe-me a dura vida o desencanto de ser o que, talvez ? um tanto quanto ? almeje, de mim mesmo, demudar…
E pasmem! Vivo assim todo esse pranto de ser o que não sou, sem me queixar, talvez por ver, em vão, se dissipar o amor antes fraterno e hoje nem tanto!
Dimana de meu eu, estranhamente, o dúbio desprazer, enquanto gente, de ser e de não ser, destarte nada…
E a vida, embora exímia e inspiradora, sonega-me a missão imorredoura de tê-la, enquanto pulse, eternizada.