Um certo verme
Há um certo verme impregnando-me a mente, Com devaneios e sonhos embebidos em veneno, Tornando-me impuro com muito que condeno. Há um certo verme com beleza reluzente.
Há um certo verme escarrando-me esta dor. Vomitando versos de longuíssimo sermão. Andando num caminho e sonhando a contra-mão, Na loucura controversa de quem vive o amor.
Há um certo verme que me faz desvairar, Que mesmo não querendo vem me visitar, Como anjo iluminado pra causar-me espanto.
Há um certo verme que me faz enlouquecer. Querer não querendo e querendo sem querer. Há um certo verme numa casca de encanto.
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