POESIA NO TEMPO DA ETERNIDADE
P or entre tempos de muito tempo O s versos viajam levando nas entrelinhas E stórias, histórias e palavras outras S oando no fundo e no raso dos corações I mponentes vozes de grande alcance A s ordens superiores, desconhecidas da razão N uma velocidade que só as estrelas acompanham O stenta em seu bojo: passado, presente e futuro T ratado de incontáveis gerações E sculpida pelo dedo da eternidade M antra sagrado da reunião dos deuses P enetra fundo o vácuo infinito O lhando e rindo da inquietação planetária.
Driblando as marcas dos caminhantes Afligindo de pressa os que não querem chegar Eterniza as forças dos vencedores Tratando com fraquezas os fortes guerreiros Esvazia o calor das quentes fornalhas Rompe nas madrugadas os pensamentos Núbios, dúbios de vacilantes desocupados Incandeia no escuro a alegria contida Dos desejos que a penumbra oferece Aos que na luz os mantém presos Dando asas às glórias dos desejos tolhidos Esvaziando a cela da prisão dos amores