Desisto, não sou kamicaze desespero, rota de colisão ferida se fecha com gaze não caio, tenho um corrimão
Nos olhos de mero andante sorri e bebi dum vulcão sofri como manada berrante sufocado de uma erupção
Não posso, sou renunciante nas mãos, me envolve um vento caio em prantos, dor torturante não tem jeito, sou puro lamento
Tão vazio está este pátio no silêncio ruge um leão há vozes e no fundo um rádio que figura, morrer por arpão
Respiro, desejo que arde confesso, ouvir sua dicção insisto, não sou kamicaze sincero, sou seu guardião.
(Kamicaze – Denis Santana – 2015)