Denise Dias – Terapeuta*: A mais pura realidade,lamentável.?…

A mais pura realidade,lamentável.?

Dormem na cama dos pais até quando querem. Largam mamadeira e chupeta quando querem. Só comem o que querem. E dai? Que mal faz? Anti-Social aos 11 anos. Melhor celular a cada Natal. Surdos com seus fones de ouvido. Centenas de amigos virtuais. Não pensam nos riscos. Festa social? Se não for top, nem vou. Alto grau de exigência. Conseguem tudo o que querem. E dai? Que mal faz? Os pais não precisam brincar. O celular faz isso. Os pais não precisam buscar nas festas. O Uber faz isso. Os pais não precisam cozinhar. O Ifood faz isso. Os pais não precisam nem educar. A escola integral faz isso. E daí? Que mal faz? .Nem pensam que tudo o que o filho quer é “um puxão de orelha” e uma bronca: “hoje não é dia de festa! Vai comer comida que presta!” Criar filhos está “mais fácil”, mais cômodo, afinal, a criança resolve tudo com cliques na tela. E daí? Que mal faz? Ler para o filho? Cantar musica e fazer cafuné? Luxo para poucos. Os pais estão desconectados. Precisam de ajuda, mas só aceitam quando a bomba explode. Pais e filhos sob o mesmo teto mas diálogo zero. Nem um filme juntos. Mas sempre conseguem aquela Selfie de família perfeita. Afinal, o que importa é mostrar que é feliz. Ter mil curtidas. Mal sabem o que é um jogo de tabuleiro. Pensar virou uma coisa que dói. Fazer criança pensar parece que é fazê-la sofrer. E o que você quer ser quando crescer? Youtuber. Blogueira. Vlogueira. Digital influencer. Estudar, entrar na faculdade, se especializar… imagina!! Não sei esperar. Não sei ouvir não. Não sei o que é frustração e rejeição. Culpa de quem? Ops! Não se pode falar nisso. Não pode é mais nada. Não pode dar palmada, não pode falar alto, nem em pé com a criança. Não pode castigá-lo. Não pode nem falar não. E o tempo passando. Os filhos crescendo. Drogas e suicídio aumentando. Querem tudo pra já. Bem no esquema “venha a nós o vosso reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no Céu”. E aí do adulto que não disser “amém,”

*Texto: Denise Dias – Terapeuta*

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